O que já seria um crime horrível, a violação sexual de uma menina de apenas quatro anos, teve contornos ainda mais cruéis na cidade brasileira de Cajazeiras, no estado da Paraíba. Quem ofereceu a menina ao violador e negociou o valor do abuso sexual foi o próprio pai da criança, um catador de produtos recicláveis de 46 anos.
O homem, que já foi preso e é viciado em crack, um sub-producto da cocaína que vicia e mata muito mais rapidamente, negociou a violação da filha com um conhecido traficante de Cajazeiras, também já preso. Em troca do abuso, o traficante forneceu ao pai da criança a quantidade de droga negociada.
No dia combinado, segundo informações da polícia local, o próprio pai entregou a criança ao traficante e foi embora. O criminoso abusou brutalmente da menina e depois abandonou-a numa estrada fora da cidade, onde ela foi encontrada e levada para o hospital.
A partir do depoimento da criança e na sequência de diligências imediatas, o inspector António Luiz Barbosa Neto identificou e localizou o traficante acusado do abuso e conseguiu com o magistrado encarregado do caso, juíz Judson Kildare, a decretação da prisão preventiva. Na sequência da investigação, começou a aparecer o envolvimento do pai da menina e de um amigo, que intermediou inicialmente o sórdido negócio, e eles tiveram também a prisão preventiva decretada.
A história é tão repulsiva que até os presos da Cadeia Regional de Cajazeiras ficaram indignados com ela e tentaram fazer justiça com as próprias mãos contra o traficante, que teve que ser transferido para outra cidade, ficando a aguardar julgamento na Colónia Penal de Souza.
A criança, depois de submetida a exames no Instituto Médico-Legal da cidade de Patos que comprovaram o abuso, ficou à guarda do Conselho Tutelar de Menores de Cajazeiras. A justiça vai agora decidir o seu futuro, já que a mãe, além do pai, usa droga e não tem condições de manter a sua guarda.
FONTE: Correio da Manhã
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