Família recebeu notícia da morte de Andreia em choque, com muitas lágrimas e até desmaios.
O corpo de Nádia, de oito anos, estava ontem a ser velado na capela de S. Miguel da Carreira, Barcelos, quando os familiares da criança receberam a trágica notícia: Andreia Ferreira, a mãe da menina, tinha acabado de falecer, depois de quatro dias no hospital a lutar contra os ferimentos provocados por uma bala que ficou alojada no cérebro. Foi a segunda vítima de Hélio Carneiro, de 42 anos, que disparou contra a mulher e a própria filha, suicidando-se de seguida. A tragédia aconteceu em Nine, Famalicão, na sexta-feira.
Na capela onde o pequeno caixão branco de Nádia estava, o ambiente era de grande consternação. A notícia da morte de Andreia foi recebida com grande choque. Os bombeiros de Viatodos foram chamados ao local porque várias pessoas se sentiram mal, acabando por desmaiar. Margarida Ferreira, de 76 anos, avó de Andreia e bisavó de Nádia, foi quem encontrou os corpos, no dia da tragédia. Ontem, ao lado do caixão, a mulher chorava e gritava. "É uma injustiça muito grande, as minhas meninas morreram. Porquê, meu Deus?".
Paulo Ferreira, irmão de Andreia e tio de Nádia, disse ao Correio da Manhã, em lágrimas, que não encontra explicação para a morte da irmã. "Ela estava a melhorar, eu passava-lhe a mão no braço e ela arrepiava-se. Ainda a vi de olhos abertos, ela chorou no caminho para o hospital, mas não falava. E agora morreu". Paulo e a restante família estão a fazer todos os possíveis para que Andreia seja sepultada hoje, às 16h30, na cerimónia da filha, Nádia. "Assim, sofremos tudo de uma vez. É muita dor junta", rematou Paulo.
A autópsia de Andreia ficou marcada para esta manhã, prevendo-se que seja possível que ambas sejam enterradas ao mesmo tempo, em Carreira.
FONTE: Correio da Manhã
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