Há professores a prestar serviço nas cantinas das escolas, situação que já aconteceu em anos anteriores e cujos casos foram denunciados à Inspecção-Geral da Educação.
Segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, esta é uma situação que não faz parte da missão docente, mas que advém da falta de pessoas e de recursos financeiros. A falta de funcionários está a prejudicar, por exemplo, a escola EB1 e jardim-de-infância de Alhos Vedros, do agrupamento José Afonso, na Moita.
Por falta de vigilantes, os alunos que não beneficiam da acção escolar não têm direito a almoçar na cantina. Desde o início das aulas que os pais têm de ir buscar os filhos à escola para lhes dar almoço, porque nem mesmo levar comida de casa é permitido.
Estudam na escola 218 alunos. Para vigiar os 120 alunos do básico há apenas uma auxiliar. "Não dou conta do recado, e na minha hora de almoço é o porteiro que olha pelos meninos", diz ao CM Filomena Fernandes.
Sandra Justino está de licença de parto e é mãe do André, de sete anos, que não beneficia do apoio social (escalão A ou B). "É incompreensível. Faço seis viagens e ainda levo um amigo do meu filho porque os pais estão a trabalhar."
FONTE: Correio da Manhã
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