19 de setembro de 2011

Ministério da Saúde despede 22 enfermeiros por e-mail

O Ministério da Saúde dispensou 22 enfermeiros em Odivelas por correio electrónico, depois de já ter despedido 24 profissionais em Lisboa.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) enviou um comunicado esta segunda-feira, onde diz que a medida é resultado do memorando de entendimento com a ‘troika' internacional e que o Ministério da Saúde já emitiu um despacho em que é divulgado que durante 2012 "pretende efectuar cortes de onze por cento nos custos operacionais das instituições de saúde integradas no sector empresarial do Estado", tendo estes cortes sido iniciados "no distrito de Lisboa, com o despedimento de 24 enfermeiros que exerciam funções no Agrupamento de Centros de Saúde da Grande Lisboa III-Lisboa Central.

O comunicado do SEP informa que há "dezenas de postos de trabalho de enfermeiros que se encontram ameaçados já no mês de Outubro", como o "Agrupamento de Centros de Saúde da Grande Lisboa V-Odivelas que tem 22 enfermeiros nesta situação."

O sindicato informa que o Agrupamento de Centros de Saúde da Grande Lisboa V- Odivelas deveria ter 109 enfermeiros mas tem apenas 46. Para combater a carência de profissionais existem 10 enfermeiros com acumulação de funções, 11 com contrato de trabalho em funções públicas com termo e 22 enfermeiros subcontratados por uma empresa de prestação de serviços, no total de 89 enfermeiros.

O SEP, relativamente aos 22 profissionais, revela que "receberam por mensagem de correio electrónico a informação que ‘devido à conjuntura económica que o país atravessa e, consequentemente, às diversas medidas de redução de custos que o Ministério da Saúde...' a partir de dia 31 de Outubro a empresa não continuaria com a prestação e serviços, informação esta já confirmada aos enfermeiros pela direcção de Agrupamento."

Estes profissionais faltaram esta segunda-feira ao trabalho como forma de protesto, sendo que esta medida terá graves consequências no funcionamento da extensões de saúde do concelho de Odivelas: "Em risco estão a manutenção da Unidade de Cuidados Continuados, o Centro de Saúde da Pontinha, as extensões de Odivelas A, Olaio, Caneças e Póvoa de Santo Adrião", segundo o sindicato.

FONTE: Correio da Manhã

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