6 de outubro de 2011

Procuradoria investiga concurso de professores

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, entregou esta manhã ao Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, documentos que supostamente provam irregularidades do Ministério da Educação e Ciência (MEC) no concurso de colocação de professores contratados através da segunda Bolsa de Recrutamento, conhecida dia 19 de Setembro.

Mário Nogueira entregou dezenas de depoimentos de directores de escolas que afirmam que a plataforma electrónica do MEC não permitiu solicitar horários anuais durante um determinado período e por isso as escolas foram forçadas a requerer horários temporários. Isto terá levado a que milhares de professores com mais tempo de serviço e mais bem colocados na lista graduada, que concorreram apenas a horários anuais, fossem ultrapassados por colegas menos experientes e ficassem sem colocação.
Segundo Nogueira, o Procurador vai agora enviar as provas apresentadas para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) que irá averiguar se existem indícios de responsabilidades penais.
"Temos indícios fortíssimos que vão no sentido de que houve manipulação de dados com o objectivo de poupar um mês de salário no final do ano lectivo", afirmou Nogueira. A Fenprof vai levar amanhã o caso à Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República e na segunda-feira à Provedoria de Justiça.

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