Os
critérios de selecção, aprovados pelas escolas em conselho pedagógico,
são colocados na plataforma do Ministério da Educação e Ciência quando é
aberto concurso. O critério mais polémico é o da continuidade
pedagógica, que privilegia docentes que leccionaram na escola em
detrimento de outros com mais graduação profissional.
Outra
forma de viciar concursos, acusam, é atribuir peso determinante ao
factor entrevista ou elencar critérios demasiado específicos, que
indiciam ser feitos à medida de alguém.
Escolas
problemáticas que integram territórios educativos de intervenção
prioritária (TEIP) e têm autonomia para contratar docentes são as mais
acusadas. Manuel Pereira, director de um agrupamento TEIP em Cinfães,
admite que haja "um caso ou outro" irregular, mas considera a
contratação de escola "uma mais-valia": "Percebo que docentes mais
graduados se sintam lesados, mas do ponto de vista da escola, é legítimo
escolher um professor com provas dadas em vez de um que não conhecemos.
É até possível que o outro fosse melhor, mas as escolas não têm espaço
para arriscar."
Mário Nogueira frisa que a Fenprof
"sempre foi contra estes concursos", por darem azo a favorecimentos:
"Defendemos concursos nacionais assentes na graduação profissional. O
ministro acha que devem ser as escolas a recrutar, mas se quiser acabar
com o concurso nacional terá a nossa luta."
FONTE: Correio da Manhã
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