O Governo português prevê cortar em 2012 o seu orçamento em Educação em mais de 600 milhões de euros, noticia a agência espanhola EFE, citando o ministro Nuno Crato.
Num
encontro com a imprensa estrangeira, Crato precisou que esta diminuição
na despesa é equivalente a oito por cento do orçamento total do sector,
estimado em 7.800 milhões de euros.
"É uma
redução significativa, mas tem em conta que é um sector em que os gastos
sempre subiram", disse o ministro, matemático de formação e chegado à
política no passado mês de Julho, quando foi nomeado pelo Governo
conservador português, para titular da Educação, escreve a EFE.
O
ministro precisou, no entanto, que essa poupança não levará a uma
redução do plano já existente, embora obrigue a reduzir as novas
contratações e a redistribuir professores.
Contactado
pela agência Lusa, o secretário-geral da Federação Nacional dos
Professores (FENPROF), afirmou que os 500 milhões de euros a cortar no
Ensino Básico, juntamente com 108 milhões no Superior deixarão Portugal
com "sistema educativo ao nível do terceiro mundo".
Para o líder da maior organização sindical de professores, o Governo está a levar a cabo "uma irresponsabilidade".
Mário
Nogueira recordou antigas declarações de Nuno Crato a propósito da
máquina burocrática do Ministério da Educação antes de integrar o
Governo: "Dizia que queria implodir o Ministério da Educação, mas o que
está a fazer é explodir o sistema educativo".Para o líder da maior organização sindical de professores, o Governo está a levar a cabo "uma irresponsabilidade".
FONTE: Correio da Manhã
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