14 430 funcionários saíram do Estado

Há cada vez mais funcionários públicos a deixarem os serviços pela reforma. Entre Janeiro e Julho deste ano, houve 68 saídas por dia, mas o Governo quer mais.

Saíram do Estado 68 funcionários públicos por dia entre Janeiro e Julho deste ano, directamente para a aposentação. Segundo os dados da Direcção--Geral do Orçamento (DGO), houve 14 430 trabalhadores do Estado a passarem para a reforma. Um em cada dez é militar ou polícia.

O mês de Janeiro lidera, com o maior número mensal de funcionários públicos a trocarem os serviços pela reforma, com 2497 novos pensionistas, mais 40 por cento do que em igual mês de 2010. A pensão média nova, segundo a DGO, é de 1188 euros. Dos quase 15 mil trabalhadores do Estado que se aposentaram, mais de 10 por cento são militares o.430u profissionais de forças de segurança. No total deste universo, que inclui, entre outros, PSP e GNR, saíram 1565 pessoas nos primeiros sete meses do ano.

Os dados não especificam, mas muitas destas aposentações deverão ser antes da idade legal da reforma, o que implica uma penalização por cada ano de antecipação. Tem havido cada vez mais funcionários públicos que, numa tentativa de evitar os cortes de que a Função Pública tem sido alvo, e cuja expectativa é de que continuem a surgir novos sacrifícios, pedem a reforma mais cedo. Apesar destas 14 430 saídas do Estado para a aposentação, às quais tem ainda de se juntar rescisões amigáveis e profissionais que abandonam os quadros da Administração Pública, numa altura em que as entradas estão congeladas, o Governo reconhece que as metas de redução de pessoal na Função Pública estão muito aquém do esperado. O Executivo decidiu ir além das medidas da troika neste ponto e quer emagrecer a Administração Central não em cinco mil mas em dez mil funcionários por ano até 2014.

Além da nova redução de pessoal na Administração Central, o Governo deverá também extinguir cerca de 45 por cento dos cargos dirigentes na Administração Local. Medidas que têm merecido críticas dos sindicatos do sector.

FONTE: Correio da Manhã