Procurador Rosário Teixeira reteve dinheiro que estava numa conta offshore e abriu um inquérito.
O procurador do Ministério Público Rosário Teixeira apreendeu três milhões de euros ao ex-jogador João Vieira Pinto. A quantia foi transferida de uma conta offshore para Portugal há alguns meses. Existem suspeitas de que o dinheiro possa ser parte da quantia que João Pinto recebeu na altura da transferência para o Sporting e que nunca chegou a declarar, o que motivou um processo por fraude fiscal. O magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal já abriu um inquérito e não irá devolver o dinheiro ao ex-jogador enquanto este não revelar a sua origem.
Caso venha a provar-se que o dinheiro foi resultante da transferência, o ex-jogador terá de entregar os 700 mil euros de impostos que nunca chegou a pagar, uma vez que a verba não foi declarada na altura do negócio.
A transferência do dinheiro foi feita há alguns meses. Alegadamente, João Pinto e a mulher, Marisa Cruz, estariam com falta de liquidez financeira e necessitavam de transferir a quantia para a sua conta em Portugal. O banco do antigo futebolista foi no entanto obrigado, perante a lei, que pretende prevenir o crime de branqueamento de capitais, a avisar a Unidade de Informação Fiscal da Polícia Judiciária, que por sua vez alertou o procurador. O magistrado Rosário Teixeira apreendeu imediatamente os três milhões de euros e ordenou que fosse instaurado um inquérito.
O Ministério Público pretende saber se a origem do dinheiro é ou não ilícita. João Vieira Pinto não revelou, no entanto, até ao momento, de que forma conseguiu arrecadar os três milhões de euros. Sem uma explicação, o procurador Rosário Teixeira recusa-se a devolver o dinheiro.
O CM procurou ouvir João Pinto, através do telemóvel, mas sem êxito. Já o seu advogado, Castanheira Neves, remeteu esclarecimentos para mais tarde.
FONTE: Correio da Manhã
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