2 de setembro de 2011

Pensões perdem 7% no poder de compra

Quase 2,3 milhões de pensionistas vão ter menos rendimento disponível em 2012.

O congelamento das pensões mensais acima de 246 euros vai provocar, em 2012, uma forte perda do poder de compra dos pensionistas: por um lado, cerca de 2,3 milhões de reformados da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) serão penalizados em quase 7%, por via da inflação, por outro, as reformas acima de 1500 euros vão sofrer uma redução média de 5%. Para estes reformados, a perda de poder de compra ascende a 12%.

Ao optar por aumentar apenas as pensões mínimas sociais e rurais em 2012, como estabelece o Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015, o Executivo de Pedro Passos Coelho exclui a esmagadora maioria dos pensionistas da actualização das reformas, com base na taxa de inflação prevista para o próximo ano.

Do total de reformados excluídos desta medida, 1,9 milhões são beneficiários da Segurança Social e quase 400 mil pertencem à CGA. Só que, na Segurança Social, segundo o seu relatório da conta de 2009 (último disponível), quase 1,8 milhões de pensionistas têm reformas entre 246 e 419 euros.

O economista Eugénio Rosa, especialista em assuntos sociais, estima que a subida dos preços dos produtos em 2012, que o Governo prevê seja de 2,3%, provoque uma redução de quase 7% no poder de compra nas pensões de valor superior a 246 euros por mês.

Como as reformas acima de 1500 euros serão alvo de um corte médio de 5%, à semelhança do que foi aplicado este ano aos salários da Função Pública, a perda de poder de compra subirá para 12% para esses pensionistas. Já os beneficiários do aumento das pensões, que serão actualizadas em 2,3%, são em número muito menor: do lado da Segurança Social, serão abrangidos mais de um milhão de pensionistas, segundo o ministério liderado por Pedro Mota Soares. No que respeita aos beneficiários da CGA, serão beneficiados cerca de 60 mil reformados, de acordo com o relatório e contas da CGA de 2010.

FONTE: Correio da Manhã

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